30/12/2009

Ainda comentando Guiões

Para Miperusa:

Gostei muito do guião apresentado e da maneira como formularam as questões. Parece-me que o universo de 40 professores escolhidos para a entrevista está bem. Apenas chamo atenção para a questão do tempo que me parece muito pouco para se obter respostas mais reflectidas. Acredito que se dobrar esse tempo, ficará melhor para se conseguir respostas ao problema indicado. Do mais, estou de acordo com os comentários já feitos pelos colegas. Parabéns ao grupo!

Para o Grupo Sherlokianos:

Li vosso trabalho e fiquei satisfeita com o conteúdo da entrevista e a maneira como esta será conduzida. No geral está ótimo! Apenas chamo atenção para os mesmos itens já referidos pela colega Áurea. Do mais, meus cumprimentos pelo trabalho realizado. Abraço,

Josete

29/12/2009

Meus comentários aos Guiões dos colegas

Para Eurek@s:

Apenas hoje consegui postar minha opinião e comentários a respeito do vosso guião.
Gostei muito da estrutura escolhida e também da forma como a entrevista será conduzida. Fiquei em dúvida com relação à quantidade de professores. Como são apenas cinco por escola, não sei se não é um número muito pequeno para representar um “universo”. Quanto ao tempo da entrevista, achava que 30 minutos seriam suficientes, mas depois, analisando bem pelo número de questões, creio que 45 minutos são suficientes, porém, pode ser cansativo.
Quanto a distribuição e conteúdo das questões, creio que estão muito bem elaboradas e organizadas. Abraço,

Josete

20/12/2009

Comentários dos colegas sobre o Guião de Entrevista Alémar.

Guião de entrevista do Grupo Alémar
por Paula Simões - Sábado, 19 Dezembro 2009, 22:08
Boa noite
Considero que conseguiram um bom trabalho, dentro do que se pretendia, um guião de entrevista. Acho importante referirem os procedimentos seguidos durante a entrevista, embora ache que para ser mais fácil essa condução poderiam ter tido em conta situações e procedimentos mais específicos e talvez mais alargados aos possíveis imprevistos.
Quanto às questões, estando bem elaboradas considero que talvez seja difícil chegarem no final da entrevista à questão de investigação formulada sobre as expectativas que os professores possam ter relativamente à utilização das redes sociais, uma vez que limitam essa opinião a questões fechadas. Creio que ganhariam se as abrissem e dessem margem para o entrevistado expor as suas ideias.

04/12/2009

Passos para a Elaboração do Guião de Entrevista da Equipa Alémar

As questões colocadas pela professora Alda Pereira a fim de que refletíssemos sobre a elaboração do guião foram às seguintes:

"As entrevistas são semi-estruturadas e inserem-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário que sejam amigos pessoais dos estudantes do Mestrado em Comunicação Educacional e Multimédia/MCEM. (estamos a forçar um pouco o caso, mas é para efeitos de trabalho prático).

São três as questões de investigação:

1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Twitter, etc?

2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?

3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?"

A elaboração do guião seguiu os seguintes passos:

Selecção da amostra dos sujeitos a entrevistar (50 professores do ensino básico e secundário em efectividade de funções de qualquer grupo disciplinar e que trabalham com redes sociais;

Descrição do perfil dos sujeitos (área disciplinar, habilitações académicas, idade, tempo de serviço);

Definição do propósito da entrevista (trabalho de mestrado);

Estabelecimento do meio de comunicação (oral);

Elaborar as perguntas de acordo com a problemática a investigar.

Procedimentos durante a entrevista

Serão adoptados os procedimentos de acordo com o protocolo utilizado nestas situações de modo que o entrevistado seja esclarecido sobre o que se pretende e quais os objectivos. Dentro, ainda, do protocolo, as entrevistas terão um tempo de duração compreendido entre 15 a 30 minutos cada uma. Esse tempo será testado antes, a fim de verificar se está adequado. Contudo há que se salientar que o(s) entrevistador(es), quando habilitado(s) adequadamente, poderá(ão) levar valores de tempo dentro desse intervalo.

Convém salientar que será comunicado aos entrevistados detalhes sobre os direitos garantidos, a fim de promover um clima agradável, de privacidade e de registro de tudo o que será dito e ouvido.

Critérios para determinação do universo amostral e requisitos a serem considerados na escolha da amostra.

Serão adoptados os procedimentos para a determinação do universo amostral e cálculo da amostra de acordo com os parâmetros elencados a seguir:

será uma amostragem não probabilística, com sujeitos escolhidos por critérios já elencados anteriormente;

será uma amostragem intencional.

O guião de entrevista completo poderá ser visto e baixado aqui.

Questionário Online


O que é o questionário online?

Encontrei algumas respostas no site E-questionários.

Técnicas de Entrevista

Para não ficar um texto muito longo, preparei uma apresentação no Power Point e disponibilizei aqui pelo Scribd.
tecnicas_de_entrevista

19/11/2009

Amostragem

Segundo Pádua (2007, p. 67), amostra é a representação menor de um todo maior, a fim de que o pesquisador possa analisar um dado “universo” (um todo). A amostra deve ser representativa para que os resultados sejam considerados legítimos. Para isso o pesquisador deverá organizar um plano de amostragem que possa garantir a representatividade, a significância, e os limites de exatidão (margem de erro) que a pesquisa comporta.

As técnicas de amostragem são geralmente utilizadas nos estudos como, inquéritos sociais, pesquisas de opinião, enquetes etc. As principais técnicas de amostra são:

Amostra ao acaso e amostra estratificada, por serem consideradas de alto grau de confiabilidade para a inferência estatística.

Na amostra ao acaso, também é denominada por seleção aleatória simples, as unidades do universo devem ser arranjadas de maneira que o processo de seleção dê igual probabilidade de seleção para cada unidade do universo. Pode ser realizada por:

Acaso ou sorteio
Lista de intervalos regulares;
Tabelas randômicas (tabela de números aleatórios), ou escalas, etc...

A amostra estratificada, também denominada seleção aleatória estratificada, inclui o acaso, mas, busca melhorar a representatividade quando o universo é heterogêneo e multiforme. Esta requer amostras compactas, como subgrupos, “estratos”. Neste caso o pesquisador deve determinar a proporção adequada de cada “estrato” em relação à amostra total, para depois efetuar a amostra ao acaso (seleção aleatória simples).
Segundo a autora, as técnicas de amostragem também apresentam limitações, as quais apresentamos na figura abaixo:

(quadro “limites de amostragem”, Pádua 2007, p. 68)

18/11/2009

Análise da Dissertação

O Papel da Internet no Processo de Construção do Conhecimento Neto, C.(2006)

O caso analisado refere-se à implementação de um programa de portfólios eletrônicos para uma turma de alunos do 9º ano de escolaridade, no contexto da disciplina de Matemática.

No caso aqui, as questões foram direcionadas aos alunos e aos professores, de modo a responder o problema do papel da internet no processo de construção do conhecimento. As respostas dos alunos, assim como, a observação de suas práticas, demonstraram que embora a internet possa oferecer uma diversidade de serviço e escolhas, há necessidade de se colocar critérios para o processo de seleção da informação desejada. Da mesma forma, o questionário realizado com os professores, demonstrou que ainda necessita muita pesquisa e análise, além de um vasto projeto de mudança de paradigma, que lhes permita questionar suas práticas, e propor soluções de melhoria. Além disso, ficou comprovado da necessidade de muita reflexão crítica em relação ao uso da internet no processo de construção do conhecimento.

Acredito que o emprego do questionário nos leva a considerar que a autora se utilizou do método quantitativo, e que, a quantidade de questões vem de encontro aos objetivos da investigação.

O fato de terem questões de múltipla escolha justifica que a pesquisa foi realizada com 350 alunos e 110 professores. Houve uma prévia realizada com 20 alunos e 10 professores a fim de validar o projecto e permitir verificar dificuldades, rever dúvidas e sugestões dos intervenientes. Além disso, a validação permitiu corrigir aspectos de forma e conteúdo, bem como, formular questões e acrescentar dois novos tópicos.

Métodos de Recolha de Dados

Uma vez escolhido o problema e o projeto aprovado é hora de iniciar a etapa de coletas de dados que tem os seguintes recursos como indicadores para utilização.
Pesquisa bibliográfica
Pesquisa experimental
Pesquisa documental
Entrevistas
Questionários e formulários
Estudos de caso relatos de experiências/ relatórios de estágios,
Observação sistemática.
O pesquisador pode se utilizar de um desses recursos ou uma integração entre dois o mais, dependendo do seu objeto de pesquisa, por exemplo, pesquisa bibliográfica complementada com entrevistas.

Os questionários são instrumentos de coletas de dados preenchidos pelo informante sem a presença do pesquisador. Deve-se ter o cuidado de limitar o questionário em sua extensão e finalidade, a fim de que possa ser respondido num curto período de tempo, com limite máximo de trinta minutos. Na elaboração do questionário é importante determinar quais são as questões mais relevantes a serem propostas, relacionando cada item à pesquisa que está sendo feita e à hipótese que se quer demonstrar, provar ou verificar. Se o questionário for enviado pelo correio tradicional ou eletrônico é necessário enviar antes uma carta de apresentação, que deve conter indicações sobre:

Qual a finalidade do estudo;
Como deve ser preenchido o questionário;
Se há necessidade de identificação pessoal, ou não.
Se não, é preciso garantir o anonimato;
E como devolver o questionário preenchido.
Tanto o formulário como o questionário se constituem de perguntas fechadas e padronizadas, e, portanto, mais fáceis para se tabular e codificar, proporcionando comparações com outros dados relacionados ao tema pesquisado. Sendo assim o questionário se identifica como um instrumento de pesquisa quantitativo. As perguntas devem ser ordenadas das mais simples para as mais complexas, possibilitando uma única interpretação e a apresentação de uma idéia por vez.

Vale dizer que embora o questionário seja um instrumento de quantificação fechado, não exclui a idéia de se fazer algumas perguntas abertas, das quais se exige uma resposta mais pessoal, espontânea, que possa trazer dados importantes para uma análise qualitativa. Essa opção de colocar perguntas abertas num questionário fica a critério do pesquisador.

Referências Bibliograficas

Pádua, E. M. M. (2007). Metodologia da Pesquisa: abordagem teórico-prática. 13a ed. Papirus. Campinas, SP.

Severino, A. J. (2008). Metodologia do Trabalho Científico. 23a ed revista e atualizada. Cortez Editora. São Paulo, SP.

03/11/2009

Tema I "O processo de Investigação"

Reflecxões

Entendi que antes de realizar um trabalho investigativo é preciso ter claramente o seu objeto de investigação e uma questão “problematizadora”. Esta questão pode ser elaborada a partir da vivência ou intuições pessoais do investigador. Além disso, o investigador precisa levar em conta as leituras, os cursos, os debates e outras contribuições trazidas do seu contexto acadêmico, profissional e cultural. Esta questão problema aliada ao objecto da investigação precisam ser muito bem formuladas, caso contrário, podem criar incoerências na escolha do método a utilizar.
O registro do processo de investigação se dá por meio de um “projecto”, o qual deverá ser planeado de modo a possibilitar a organização, não apenas a respeito dos procedimentos teóricos e metodológicos, mas também, em termos de distribuição do tempo, a fim de contemplar todas as etapas e cumprimento das mesmas. O registro do projetcto deve ser preciso, e com rigor necessário para uma investigação científica. As etapas do projecto devem se completar em si para que o mesmo ganhe consistência e validade. Do mesmo modo, devem ser feitas as análises dos dados e o levantamento bibliográfico. Finalmente será feita a elaboração da escrita com os resultados e conclusões.

Pesquisa Qualitativa x Pesquisa Quantitativa

De acordo com Severino fala-se em abordagem quantitativa e abordagem qualitativa, pois, essas designações referem-se ao conjunto de metodologias, envolvendo, eventualmente, diversas referências epistemológicas, como por exemplo, o modelo de conhecimento científico, denominado "positivista". Este modelo adequou-se perfeitamente à apreensão do mundo físico, tornando-se modelo até das ciências que pretendiam conhecer o mundo humano. Quando o homem era considerado puramente objeto natural, seu conhecimento deixava escapar importantes aspectos relacionados com sua condição específica de sujeito. Neste caso, o método experimental-matemático, puramente quantitativo é ineficaz.

Quais as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa?

"O objeto do Conhecimento é produto da atividade humana e como tal - não como mero objeto da contemplação – é conhecido pelo homem" (Adolpho Sanchez Vasquez)

Dissemos anteriormente que, a pesquisa quantitativa vem da tradição das ciências naturais, onde o conhecimento dos fenômenos é medido matematicamente por meio de escalas numéricas. Filosoficamente, esta pesquisa baseia-se numa visão dita “positivista”, na qual a capacidade de conhecer o mundo real fica representada pela mensuração matemática.

A essência da pesquisa quantitativa na Educação é que esta dispõe de instrumentos técnicos, que segundo Severino (2007), são métodos aptos a superar limitações subjetivas da percepção. Ou seja, entende que a apreensão dos fenômenos do mundo, é feita através de uma experiência controlada, na qual as interferências qualitativas são eliminadas.

Já para autor Hartmut Günther (2006), há uma distinção mais acentuada entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa no que diz respeito à interação dinâmica entre o pesquisador e o objeto de estudo. No caso da pesquisa quantitativa, dificilmente se escuta o participante após a coleta de dados. Uma inclusão de acontecimentos e conhecimentos cotidianos na interpretação de dados, depende, no caso da pesquisa quantitativa, da audiência e do meio de divulgação.

Portanto, qualitativo, ou quantitativo, o método de pesquisa escolhido implica em coerência e técnica. A técnica podemos dizer que é a preparação da documentação, a entrevista, o questionário, a observação e a conclusão para o adequado desenvolvimento da investigação

Para saber mais...

Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão?

O conhecimento, a práxis e a formação humana na perspectiva sócio-histórica em sua relação com a Educação e a formação de Professores.

Pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa: Perspectivas para o campo da etnomusicologia.

Severino, A. J. (2007). Metodologia do Trabalho Científico. 23a ed revista e atualizada. Cortez Editora. São Paulo, SP.

22/10/2009

Quais os paradigmas em que se pode inserir a investigação educacional?

Para responder a questão recorri a bibliografia de Severino 2007,que ressalta que o paradigma epistemológico de uma investigação na Área de Ciência Natural difere de uma investigação na Área de Ciências Humanas. No âmbito das Ciências Naturais há basicamente um único paradigma que é representado pelo “positivismo” fundamentado na física clássica de Newton. A partir do Séc XIX, foram se constituindo as Ciências humanas com a pretensão de se configurar de acordo com os mesmos parâmetros das ciências naturais.
Pesquisadores perceberam que para o estudo e conhecimento do homem outros paradigmas podem ser utilizados e igualmente satisfatórios. Dessa lógica as Ciências Humanas passaram a se realizar sob a referência teórica metodológica do “Funcionalismo”. O Funcionalismo se apóia no pressuposto de que toda atividade social e cultural é funcional. Ou seja, o papel das Ciências humanas é de identificar essas relações, descrevendo seus processos e explicitando suas articulações a partir de uma abordagem “empírica”, com métodos apropriados.
Outro paradigma é o “Estruturalismo”, ou seja, corrente epistemológica inserida na tradição positivista que tem referência em pensadores como Levi Strauss, Lacan e Focault. O estruturalismo se apóia no pressuposto de que todas as formas de vida social se organizam sob o modelo de sistemas estruturados.
Um terceiro paradigma mencionado por Severino é o paradigma “Dialético” que se baseia em pressupostos considerados pertinentes à condição humana e as condutas dos homens. O paradigma dialético está ligado à "investigação antropológica", conduzida sob inspiração "hermenêutica" e pressupõe que a realidade da existência humana só se faz conhecer pelo viés da cultura.
Dessa leitura quase complexa pude concluir que a relação entre os paradigmas existentes e os métodos de investigação está na fundamentação teórica que sustenta o objeto de pesquisa e sua problematização. Essa relação dos paradigmas com o método, a meu entender está nas escolhas do pesquisador, de como organizar as etapas da sua investigação, de como fazer a análise do conteúdo da pesquisa e dos seus resultados.

Que métodos se podem definir em investigação educacional?

Estrutura Metódica e planeada segundo Severino:

1. Elaboração de um projeto de pesquisa
2. O levantamento de fontes referentes ao objeto
3. A atividade de pesquisa e a prática da documentação
4. A análise dos dados e a construção do raciocínio demonstrativo
5. A redação do relatório com os resultados da investigação.

Severino ressalta a importância do planeamento antes de realizar um trabalho de investigação. Ou seja, precisa um registro da investigação, um “projeto”.
Para a elaboração desse projeto o investigador precisa ter bem claro o objetivo da investigação e como ele está problematizado. Qual hipótese que está levantando para resolver o problema, quais elementos teóricos pode contar, quais recursos instrumentais dispõe para levar adiante a pesquisa, e quais etapas pretende percorrer?

O investigador precisa vivenciar "uma questão problematizadora". Para isso, poderá colher elementos do contexto acadêmico, profissional e cultural em que vive. Em relação ao tipo de investigação, todo o trabalho necessariamente precisa ter uma procedência de trabalho científico, ou seja: de pesquisa, de reflexão pessoal, autônomo, criativo e rigoroso.

Referências Bibliograficas

Pádua, E. M. M. (2007). Metodologia da Pesquisa: abordagem teórico-prática. 13a ed. Papirus. Campinas, SP.

Severino, A. J. (2008). Metodologia do Trabalho Científico. 23a ed revista e atualizada. Cortez Editora. São Paulo, SP.

Como caracterizar um estudo de caso em investigação?

As investigações que se concentram em estudo de um caso particular são caracterizadas por “estudo de caso”. Estas acontecem na coleta de dados e sua análise. O caso escolhido deve ser significativo e bem representativo. Os dados devem ser coletados rigorosamente e trabalhados, mediante análise rigorosa e apresentados em relatório qualificado.

Veja figura segundo Pádua, 2007


Como começar uma investigação?

Parafraseando Marco Vezzani, podemos dizer que num processo de investigação o primeiro passo a ser dado é o da observação, pois a partir dela buscar-se-ão as respostas às perguntas como “porque tal fenômeno ocorre?” ou “que relação este fenômeno tem com aquele?”. Para estas perguntas, buscar-se-á formular as possíveis respostas ou as denominadas hipóteses. Estas visam a busca de diversas informações já conhecidas, sendo suposições testáveis e, a partir delas, são realizadas deduções, que prevêem o que pode acontecer caso estejam corretas.
Desta forma, os testes experimentais e/ou novas observações são realizados para testar as hipóteses e averiguar se as deduções podem ser confirmadas ou refutadas. Assim, uma hipótese aceita, deverá ser divulgada a fim de auxiliar trabalhos posteriores de outros pesquisadores, através de publicações, apresentações em eventos, congressos e comunicações pessoais como esta.
Convém, elencar que uma hipótese confirmada por inúmeras experimentações, irrefutável num espaço temporal, poderá se tornar uma teoria - conjunto de leis, conceitos e modelos - que busca explicar diversos fenômenos. Entretanto, mesmo uma teoria bem consolidada, ainda é passível de mudança. Finalmente, a realização de novas observações e teorias faculta a possibilidade de novas descobertas, surgindo daí a imprescindivibilidade de uma pesquisa.

Quais as características de um bom problema de investigação?

Pádua apud Dusilek (1986, p.67) diz que “Formular é expressar de forma precisa, afirmar definida e sistematicamente”. Portanto, para se caracterizar um bom problema, após a escolha do tema, o pesquisador deverá delimitá-lo, pois geralmente o tema escolhido tem uma amplitude que comporta vários estudos e interpretações. A tarefa do pesquisador é decompor o tema e selecionar com precisão o seu campo de atuação. Neste sentido, a escolha do problema se torna uma tarefa difícil que exige reflexão crítica do pesquisador, originalidade e conhecimento científico. Alguns aspectos devem ser levados em consideração, entre eles, o enunciado do problema o qual inicia o processo de investigação, bem como, orienta a coleta de dados, e determina os resultados da pesquisa.

Etapas a percorrer no processo de investigação:

Etapa I – O projeto de pesquisa

Etapa II – A coleta de DadosEtapa III – A análise dos DadosEtapa IV – A elaboração da escrita

Organização dos documentos

Os documentos obtidos na pesquisa devem ser organizados em ordem cronológica e separados individualmente a fim de serem analisados, classificados e interpretados a partir da coleta de informações. Esta etapa envolve o estabelecimento de relações existentes entre os dados, ou seja:

• Pontos de divergência
• Pontos de convergência
• Tendências
• Regularidades
• Princípios de casualidade
• Possibilidades de generalizações.

Se necessário faz-se tratamento estatístico dos dados

Referência Bibliográfica:

PÁDUA, E. M. M. Metodologia da Pesquisa: abordagem teórico-prática. 13a ed. Papirus. Campinas, SP.(2007)

SAMPIERI, R. H et al. Metodologia de pesquisa. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda. (2006).

Como citar as fontes usadas numa investigação

As citações e fontes utilizadas na investigação devem ser de acordo com as normas científicas do país.
No caso do Brasil ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A análise bibliográfica é o primeiro momento da identificação e localização das fontes, sendo realizada a partir da consulta aos catálogos das bibliotecas e internet. O pesquisador vai aos poucos selecionando, na prática, o que é fonte em sua área de pesquisa. Não é um trabalho fácil, porque muitas obras que são consideradas bibliografia em uma determinada área do saber, em outras são fontes indispensáveis à pesquisa científica. A organização das fontes pode ser: por assunto, por títulos ou por autor.

Os dados coletados devem ter suas fontes corretamente citadas no relatório de pesquisa, evitando-se assim problemas de uso indevido de material, que caracteriza uma violação das normas internacionais de direitos autorais. Quando os dados da pesquisa forem coletados pela internet, devem-se redobrar os cuidados com os registros, para que não ocorra apropriação indevida de idéias, e informações, de outros pesquisadores, sem dar-lhes os devidos créditos. O mesmo deve acontecer com troca de informações por e-mail ou listas de discussão em grupos de estudo via internet.

Justificativa, Objetivos e Avaliação deste Trabalho


Justificativa

Esse Blog tem a finalidade de publicar minhas pesquisas e processo de aprendizagem, na disciplina de Metodologia de Investigação em Educação, do Mestrado em Comunicação Educacional e Multimedia da Universidade Aberta de Portugal.

Objetivos

- Realizar pesquisas e analisar bibliografia sobre o processo de investigação;

- Caracterizar vários métodos de investigação em educação;

- Reflectir e debater sobre as etapas do processo de investigação;

- Argumentar de forma sustentada sobre diferentes métodos de investigação;

Avaliação

Os parâmetros para avaliação deste Blog (E-fólio), podemos encontrar no artigo escrito pela Professora Alda Pereira e outros professores da UAB/PT, que tratam da qualidade da avaliação contínua baseada em competência Online: O caso do E-Folio.
A prática do E-folio utilizada para o método de pesquisa é altamente recomendado pelos professores. Segundo eles, esse método procura transformar a prática de Educação a Distância tradicional em ensino e aprendizagem online.


O Artigo completo está em Inglês Evaluating Continuous Assessment Quality in Competence-based Education Online: The Case of the E-folio